domingo, 31 de julho de 2011

Os blogs evangélicos depois de seis anos

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João Cruzué

Quero voltar ao tema de tantos artigos meus, com um olhar no presente e outro no futuro. O passado já é conhecido de quase todos. A publicação evangélica de conteúdo na Internet precisa ajustar seu foco, para tentar ir além de um bumbo que só repercute as notícias escritas pela mídia secular. Este post não vai ser uma leitura que desperta ufanismo, pelo contrário, pretende fazer mesmo uma provocação. Sei que há muito potencial na websfera evangélica, mas está faltando estratégia, criatividade e mudança de visão.

Vamos começar comentando este fato: No final de dezembro do ano passado, esteve no Brasil a editora Arianna Huffington, do Huffington Post, um blog americano que congrega outros 9.000 endereços. Diferentemente das associações de blogueiros brasileiras, o Huffpost tem muita semelhança com um portal de notícias (Folha-UOL, Estadão, Globo, etc) com uma diferença: aqui as manchetes e notícias principais são assinadas por enviados, repórteres, fotógrafos da Casa. A diferença é que no HuffPost, o que são divulgados são chamadas dos posts de blogueiros agregados. Há menos de um ano, a proprietária do agregado de Blogs vendeu os direitos do Huffington Post para o Grupo AOL por 310 milhões de dólares. Ela está voltando ao Brasil, como executiva do Post, para garimpar um sócio para produção de conteúdo para a AOL.

O Huffpost emergiu da mesmice da blogosfera americana porque tratou de agregar blogs que produziam conteúdo PRÓPRIO, ou seja, que além de fazer o papel de "bumbo" (repercutir notícias que outros escreviam) também assinavam textos de autoria própria. Deixou o individualismo. A identidade do Huff era fazer uma divulgação TOP de textos de blogueiros comuns ou um pouco além disso que escreviam sobre assuntos atuais de interesse coletivo.

A maioria dos blogueiros evangélicos brasileiros começou publicar a partir de 2007. Há Blogs hoje que alcançam milhares de visitas diárias trabalhando com divulgação de notícias de interesse evangélico escritas pela mídia secular. Entretanto são trabalhos, na maioria, individualista, na contramão das estratégias corporativas.

Evidentemente, é difícil agregar blogueiros que postam com qualidade para estruturar um portal corporativo para produção original (não copiadas) de notícias. As grandes Casas Publicadoras tentam colocar na Internet portais com informações e notícias com o mesmo formato de seus periódicos, mas elas entraram muito tarde no espaço dos blogs, e durante o tempo que seus membros começaram e se aperfeiçoaram na técnica de blogar, não lhes deram nenhum incentivo.

Para ser sincero até há pouco tempo sempre tiveram preconceito e pouco caso com blogueiros. Voltar à casa "paterna" nessas alturas, não é boa estratégia para nenhum blogueiro, pois há questões de patrulhamento, perda de liberdade de escrever sobre determinados assuntos. Blogueiros chapa-branca, não vai dar certo. Querem sangue novo para fortalecer estruturas arcaicas. Cristo "batia" muito nos fariseus quanto a isto.

O passado dos blogueiros evangélicos, a partir de 2007, foi pioneiro, independente e frutífero. No presente os blogs estão no auge de sua popularização - sempre defendida por mim - e desprezada por muitos blogueiros que se achavam da elite. Mas na Internet a mudança de ventos é hiper-rápida. A "elite" passa e os mais inteligentes ficam. Os melhores blogueiros são aqueles que começaram por baixo e nunca tiveram "moleza". Quem agrada a variados tipos de leitores vai colhendo fidelidade. Quem fica apenas jogando pedra na vidraça de pastores e líderes em geral, sob o pretexto de apologética, vai continuar tendo seu trabalho elogiado apenas pela panelinha dos mesmos.

Eu quero ver nos próximos anos, blogs que funcionem como agregadores de outros blogs. Não com o propósito PRINCIPAL de serem vendidos para grandes portais, mas para serem criativos na produção de notícias de primeira mão. Há muitos fatos acontecendo na Cidade, na Igreja, no Bairro, na "Perifa", e porque não dizer: no Mundo.

Trabalhar o lado criativo e perder o medo de se reunir em grupos de blogueiros para divulgar seus textos em um Blog-Portal próprio, que encaixe os textos adequados a cada momento, na primeira página de buscas é um sonho perfeitamente possível já em futuro próximo. Ou nos agregamos para criar musculatura agora, ou seremos eternos bumbos de notícias do tipo "expreme e sai sangue".

Quer ver um exemplo: É difícil para mim estar sempre no Twitter, embora tenha criado minha conta bem antes dele explodir, com aquelas mentiras de blogueiros iranianos. O que eu vi por lá hoje: as mesmas notícias (ruins) divulgadas por vários blogueiros. Minha análise? Coisa copiada e repercutida: " "Pastor" é preso por molestar não sei quantas crianças". Tudo bem, isto é uma notícia: É! Mas uma notícia medíocre. O que um leitor vai pensar ao brousear por vários blogs e ler a mesma coisa (ruim) em todos eles? Será que a divulgação massiva das obras do diabo é o objetivo da blogosfera evangélica? Não estou dizendo para censurar este tipo de notícia, mas que não sejam em uma frequência de 9 em 10.

Proponho um retorno à inteligência. Uma parada para reflexão no grau de individualismo de cada um. O futuro dos blogs evangélicos não pode ser isto que está aí. Isto é ridículo! Enquanto cada um vai por si... os agentes e portais não cristãos na Internet dão de 100 x 0 em questões de estratégia e sabedoria.

Depois de seis anos de blogs evangélicos, é preciso parar e fazer um exame de consciência e voltar aos mesmos princípios de onde começamos: humildade, criatividade e espírito comunitário. E para não dizer que não falei de Cristo: parar de se envergonhar do seu Evangelho. Por que é isso que estão fazendo os que publicam coisas sem analisá-las a fundo. Que ninguém seja marionete de igrejas, mas que também não seja restrito à panelinhas de pensamentos iguais. DNAS com divergências fazem bem à espécie.

Antes de terminar quero insistir mais uma vez na mesma tecla: A Igreja Evangélica, principalmente a Pentecostal, quando entra na zona de conforto tapa o nariz para não sentir o cheiro da pobreza e da miséria. O tráfico de drogas e o crack - hoje - é muito mais atuante na periferia das grandes cidades e nos bolsões de miséria do que a pregação do Evangelho.

O último grande projeto de evangelização realizado no Brasil foi do Pastor Billy Graham - que nem brasileiro era. Se houvesse mesmo um projeto para tirar a Igreja da "prisão" quatro paredes dos templos, o Brasil já seria do Senhor Jesus há muito tempo. Isto sim, deveria estar sendo martelado na bigorna da blogosfera seguidamente. Se as lideranças da Igreja não tomar uma séria atitude - AGORA - em vez do Evangelho acabar com crescimento do uso de drogas, estas é que vão começar a pertubar os lares dos crentes. Isto também não pode ser censurado na blogosfera.
Não se pode contrariar a vontade do Espírito Santo sem ficar impune.

Não tenho a mínima pretensão de conquistar o pódio de dono da verdade. Como não tenho visto ninguém preocupado com isto, estou jogando, com muita consciência, este pedaço de tijolo na sua vidraça.

Em Cristo, João (Batista) Cruzué.


São Paulo, 31 de julho de 2011.


cruzue@gmail.com









quarta-feira, 27 de julho de 2011

O Sucesso e a morte de Amy Winehouse


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AVISO!

NÃO BRINQUE COM O ÁLCOOL - ELE VAI MATAR VOCÊ!


Album: Daily Telegraph
Amy 3
Amy Winehouse

Daily Telegraph
Amy 6
Amy Winehouse

Daily Telegraph
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Amy Winehouse

Daily Telegraph
Amy Winehouse

Daily Telegraph
Amy 4
Amy Winehouse

Daily Telegraph
Amy 5
Amy Winehouse

João Cruzué

Como cristão, amo a música e aprecio a virtuose e o talento. Eu mesmo, por 14 anos, senti-me realizado tocando guitarra, bateria, baixo em bandas de algumas Igrejas. Acho que o gosto pela música veio do valor que ela tem no meio Evangélico, fonte inesgotável de muitos talentos, às vezes nem tão apreciados no berço. Mas deixa isso prá lá; Amy Winehouse.

Soube que há pouco tempo Ela esteve no Brasil. Sempre ouvi comentários que ela tinha um vozeirão de "negona", creio, ainda mais bonito que o da Tina Tuner. A única música que conheço é a tal "Rehab", uma composição dela própria , mostrando sua ojeriza à internação para tratamento de dependentes químicos.

Interessante. O sucesso de Amy foi também a sua desgraça. Ela cantava para o deleite dos fãs do Soul, espalhados pelo mundo inteiro. Eles se emocionavam e ela não tinha motivo algum para isso. Afogava sua enorme infelicidade na bebida e em algum tipo de droga - ou drogas. Até depóis de morta,
alguns fãs deixaram como homenagem em seu memorial garrafas de vinho, champagne, isqueiros, cigarros... isso é loucura. É como se quisessem que ela continuasse tomando do mesmo veneno. Achei isso de um mau gosto indescritível.

Não estou escrevendo nada para desmerecê-la, nem depreciá-la. Eu apenas continuo surpreso. Enquanto uns buscam a fama através de planos, estratégia, esforço e se mantêm motivados para o sucesso, outros, que já chegaram lá, fazem o caminho inverso: descobrem que o sucesso pode ser um grande peso, onde você é obrigado a satisfazer o egoísmo dos outros, sem receber nada em troca.

Amy Winehouse cantou maravilhosamente a sua própria infelicidade. Um desperdício. Ela conquistou tanto, mas não tinha nada. Nem um amigo para lhe prestar socorro na hora da morte. Poderia estar viva.

Amy tinha liberdade. Liberdade de beber ou não beber. De se drogar ou não drogar. De morrer ou de viver. Sabe, o sucesso às vezes pode ser uma armadilha. Você pode se tornar grande demais para ouvir conselhos ou redescobrir os antigos caminhos onde éramos felizes.

É o Senhor Jesus Cristo que traz à vida o Espírito da alegria. A fonte da alegria de viver. Quem tem o Espírito Santo tem tudo. Não precisa de álcool nem de nehuma droga miserável.Sei disso, porque tive um encontro com Ele, antes.

Amy Winehouse perdeu a vida porque se algum dia ela teve um encontro com Cristo, ela o deixou de lado; trocou-o por álcool e drogas. Poderia estar viva e feliz.


Album: Galeria de Fotos - Daily Telegraph

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